Estas conchas já foram a casa de seres vivos, já fizeram parte da vida de oceanos e quando tirei esta foto… Descansavam à beira mar, com o tempo darão lugar à areia branca de uma praia paradisíaca.
Nós humanos temos tanta sorte, temos esta infinita capacidade de sonhar que nos habilita a sermos o que quisermos em qualquer altura da nossa vida. Tal como nos nossos sonhos as nossas opções são infinitas.
Aprendi isto aos 40, mas como diz o ditado mais vale tarde do que nunca…
Aos 40 decidi dar asas às minhas duas paixões; escrever e cozinhar e assim nasceu este espaço de partilha #margaridasweetandsour, uns meses mais tarde esta minha capacidade de sonhar, esta sede de experimentar coisas novas, fez com que abraçasse um novo desafio profissional, deixando para trás 12 anos de muita dedicação, trabalho e sobretudo uma equipa da qual tenho imensas saudades.
Tenho saudades mas as relações que fiz darão lugar a amizades e no novo desafio terei oportunidade de conhecer outras pessoas… Enfim a vida é infinita nas possibilidades e é isso que a torna tão apaixonante e tão bela.
Não era minha intenção falar sobre este tema aqui no blog, mas muitas pessoas questionam-me como fui capaz de aos 40 mudar de empresa, sobretudo pelos anos de antiguidade e porque não tinha qualquer motivo para o fazer. Sinto que existe curiosidade à volta desta minha decisão. Por isso decidi partilhar os motivos.
Mudei tendo consciência de que teria que provar o meu valor profissional a partir do zero. Mudei porque adoro esta adrenalina do risco e do desafio. Mudei porque necessito de me sentir viva, de sentir que continuo a experimentar e aprender como se ainda fosse uma menina de seis anos no primeiro ano de escola.
Mudei aos 40, porque para mim o que importa é saber que tentei. Não existe uma idade a partir da qual devemos ficar acomodados, uma idade a partir da qual estejamos impedidos de sonhar, o que significa que em qualquer idade, em qualquer lugar as nossas opções são realmente infinitas.
Claro que tenho aquele friozinho do medo, aquela voz constante no ouvido a dizer: ”Não podes falhar… E se falhares?” Se falhar paciência, terá sido só mais uma prova. Levanto a cabeça e parto para outra porque sou humana e porque as nossas opções são infinitas.
Acho que os 40 trazem calma e maturidade para apreciarmos muito mais a vida. Conseguimos valorizar o que realmente importa e relativizar o que é supérfluo.
Enfim estas mudanças fizeram com que estivesse mais ausente aqui do blog, mas este é um projeto que quero e irei continuar. Sabem… Necessito dele para ser feliz.
Têm histórias para partilhar? Estejam à vontade.
Margarida
Deixe uma resposta