Proliferam cevicherias por todo o lado. A cozinha peruana ou nikkei , (atualmente a cozinha peruana como a conhecemos remonta às influências incas misturadas com uma enorme comunidade de emigrantes japoneses que se instalaram neste país da américa do sul), entrou definitivamente na moda e existem razões válidas para tal. É uma cozinha saudável, cheia de produtos frescos e saborosos. Rica em sabores torna-se viciante! O ceviche, prato rei desta cozinha ainda por cima é cru, ou seja, cobre todos os requisitos das dietas da moda, sejam elas paleo, lowcarb, rowfood ou qualquer outra que se possa imaginar.
Nas cevicherias encontramos vários tipos de ceviche, alguns com molhos já bastante elaborados que utilizam alguns ingredientes difíceis de encontrar no dia-à-dia. Apesar de ser fã destes restaurantes modernos, devo dizer que continuo a adorar o Qosqo, o primeiro restaurante peruano do país. É um sítio muito informal, mais parecido com uma tasca, mas com uma cozinha honesta, genuína e incrivelmente saborosa, desde o famoso pisco sour, passando pelos tiraditos, causitas e ceviche este restaurante surpreende pela magnifica cozinha que serve. Aliás nenhum outro restaurante que eu conheça serve causitas como estas.
Desde que o Qosqo abriu em 2012 que fiquei fã desta cozinha e óbvio que a minha curiosidade em conhecer este país cresce a cada garfada. Enquanto não conheço vou sonhando ao sabor da malagueta, do peixe fresco, da lima, dos coentros…
Hoje deixo-vos uma receita muito básica de ceviche na sua vertente mais tradicional. Repito-a cá em casa vezes sem conta.
Apesar de o Verão parecer querer ir embora mais cedo, a verdade é que mesmo com tempo frio sabe bem. Pode sempre aquecer-se com um pisco sour, mas este cocktail é motivo por si só para um outro post.
Para além dos motivos já enumerados, outro não menos importante para a repetição desta receita é que se faz em 10 minutos. Serve para uma entrada ou para um jantar light, portanto rápida e saudável = perfeita.
O segredo está num peixe branco bem fresco e cortado em cubos. Neste caso usei garoupa, mas poderia ter sido dourada, robalo, pampo, corvina ou qualquer outro peixe branco. Escolha o peixe e o tamanho dos cubos de acordo com o que mais gostar.
Para esta receita eu gosto de usar uma malagueta que tenha muito sabor, mas que não seja demasiado picante. Opto pela da foto que parece uma flor. São difíceis de encontrar e podem-se confundir com umas parecidas mas que são o expoente máximo do picante, por isso conservo-as congeladas. Outra opção são as vermelhas grandes e compridas, são mais suaves que as pequenas e também mais fáceis de encontrar.
- 500 g de garoupa fresca cortada em cubos de 1 cm
- 1 malagueta vermelha picada
- 1 cebola roxa cortada em fatias
- 2 limas, (sumo)
- Folhas de coentros
- Sal
- Azeite qb
- Começe por cortar o peixe em cubos
- Pique a malagueta, (opte por uma que não seja muito intensa)
- Corte a cebola roxa em tiras muito fininhas
- Separe as folhas de coentros dos caules
- Esprema as limas em sumo
- Numa taça junte o sumo de lima, o sal e o azeite.
- Emulsione o molho e junte o peixe
- Mexa de forma a que o molho chegue a todo o peixe
- Deixe repousar 5 min
- Antes se servir guarneça com a cebola, a malagueta e os coentros
- Sirva e delicie-se
Bom apetite!!!
Margarida
Deixe uma resposta